terça-feira, maio 22, 2007

desafios

chegou a altura de ajustar umas contas antigas, o meu querido amigo Nilson do blog http://nimbypolis.blogspot.com/ , acha que o faço pensar, embora eu o contrarie e lhe diga: tu sim fazes-me pensar ao longo destes anos todos. demoro já uns quantos km para ir buscar o teu nosso banquinho e ler-te com um enorme prazer, fica aqui registado: apesar de receber o Award Thinking Blogger, vou passa-lo a todos os que me visitam ou comentam. são todos eles que vão construindo esta cabana com palavras e me alimentam. Obrigada pelo carinho Nilson






mas ainda há mais, a minha doce e querida amiga Margusta, a menina que tem o cheiro a maresia e me encanta, do blog da cor do mar http://margustamar.blogspot.com/ resolveu desafiar-me para um même". sim e agora o que é um même? vou repetir o que muitos já sabem pegando na corrente que vem de longe:

Segundo me dizem, um "meme" é um "gen ou gene cultural" que envolve algum conhecimento que passas a outros contemporâneos ou a teus descendentes. Os memes podem ser ideias ou partes de ideias, línguas, sons, desenhos, capacidades, valores estéticos e morais, ou qualquer outra coisa que possa ser aprendida facilmente e transmitida enquanto unidade autónoma. Simplificando: é um comentário, uma frase, uma ideia que rapidamente é propagada pela Web, usualmente por meio de blogues. O neologismo "memes" foi criado por Richard Dawkins dada a sua semelhança fonética com o termo "genes".


"SOB A CAPA DA BONDADE ESCONDE-SE A MALDADE"
Maria Carvalho

as regras mandam que o devo passar a alguém, desafio todos os que ajudam a construir esta cabana a dar-lhe continuidade

a ternura de um abraço à
Margusta





navego em leis que acredito
como um pássaro absurdo de raro

navego maravilhosamente enclausurada
numa gaiola climatizada

navego no pleno deleite dos sentidos
como cata-vento de aromas

navego entre palavras suicidas
pelo nevoeiro dos sonhos

navego ao fundo das ruas
em espaços brancos, sem luz

navego na irregular noite
nua de voláteis visões

navego na simetria de um pacto
perdida nos limbos da seiva

navego no ódio de uma maré
indizível do vulgar silêncio

navego no veneno fulgurante
ressequida de velhos mistérios

navego num [a]mar azul
onde um ontem foi teu nome

navego nas horas para além de mim!


l.maltez

terça-feira, maio 08, 2007

sem medo…



entra o vento na alma.
coalha o poema dentro do corpo
e os dedos deixam de cantar.

param as horas na mente branca.
o riso salva o silêncio
na sombra dos olhos abissais.

cessa a vida calcada,
num livro envolto de miragens.
insignificante o negrume do desejo.

na areia enterra-se o prazer.
pestífero difuso da mágoa
de ser ameaça insuspeita

esquece o acaso inimigo
em dias de discernir ruídos.
o dia cansado senta-se.

não há vacuidade no valor de base
da imaginação fluente.
os sonhos não têm peso

a linguagem da morte encalhou,
resta um corpo na poesia despida!


l.maltez


quero agradecer a Bom dia Isabel a nomeação do Thinking Blogger Award para a minha cabana. o espaço da Isabel é visita diária, é um espaço onde a escrita flúi com emoção, onde me delicio com momentos da vida real, descrito com grande sensibilidade e saber. obrigada minha amiga, tu sim fazes pensar eu só sei juntar palavras sentidas…



os silêncios são uma prece…

  os silêncios são uma prece… escuto-os dentro das noites que atravesso! prendo-me ao rumor do vento quero um dia limpo, na vertigem de qua...